Se tem uma paixão tão grande quanto fuscas é o meu querido São Paulo Futebol Clube.
Desde de garoto as três cores pintam a minha vida, com momentos de muitas alegrias, tensão, tristeza, derrotas e muitas, muitas vitórias.
E nesse tempo todo, vi muitos ídolos da nação tricolor: o Mestre Telê Santana comandar, o eterno capitão e camisa 10 Raí, alguns dos grandes artilheiros como Muller, Palinha, Luis Fabiano...
Sempre que posso, peregrino até nosso templo, o grandioso Cícero Pompeo de Toledo, casa do mais querido.
Mas direi para meus filhos e netos que tive o prazer de viver numa época de gigantes, numa época de Rogério Ceni.
20 anos que se completam no dia 07/09/10. 20 anos dedicados à mais que uma profissão, mas à uma paixão tricolor, que se renova a cada momento de dificuldade, a cada título perdido, muito mais do que nos momentos de glória. Pois é quando estamos derrotados que encontramos forças dignas de gigantes, para levantar e continuar.
Na posição mais ingrata do futebol, aquele que muitas vezes é diretamente responsabilizado pelas derrotas, que por onde passa a grama não nasce, que se fizer o trabalho direitinho nem assim pode levar o time a vitória, ele encontrou uma forma de reverter isso.
Além do seu trabalho com as mãos, defendendo a meta, impedindo o ataque inimigo, também joga com os pés, seja na marca da cal ou numa cobrança de falta, quando ele parte para a bola o destino é quase certo. Do outro lado, o goleiro adversário incrédulo, tentando entender de onde vem essa força, precisão e garra para fazer o que faz.
20 anos passaram voando e 20 outros mais poderiam vir que em momento algum seria questionado sua capacidade, sua habilidade, sua forma, seu compromisso com o estandarte preto, vermelho e branco.
Eu vi grandes jogadores passarem pelo Morumbi, e vi uma lenda nascer.
Vamos mais uma vez unificar o coro para saudar o rei, nosso rei!
Todos tem goleiro, só nós temos Rogério Ceni!
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